quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

QUEM SÃO OS QUE CRITICAM A CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2021?

 


“Os grupos contrários à Campanha da Fraternidade se consideram ‘catolicíssimos’. Todos eles são muito conservadores e muito reacionários a qualquer tipo de mudança dentro da sociedade. E como eles se dizem muito católicos, são contra o ecumenismo, que é o diálogo entre as religiões cristãs. São contra todos os temas difíceis que a sociedade hoje está vivendo. Por exemplo, o problema do racismo, do feminicídio, da homofobia, dos indígenas, da intolerância religiosa. São contra tudo isso para dizer que são contra o Concílio Vaticano II que o Papa Francisco está colocando em prática pra valer” (Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte).

“Alguns grupos estão fazendo um processo de demonização da Campanha da Fraternidade. Isso é um equívoco grave. A Campanha da Fraternidade é aprovada e apoiada pelos últimos Papas, desde 1964: Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Todos esses Papas aprovaram e apoiaram a Campanha da Fraternidade. Infelizmente, alguns grupos que se dizem católicos desejam acabar não só com a Campanha da Fraternidade, mas também com toda e qualquer expressão social da fé. São pessoas e grupos que não aceitam o Papa Francisco, não aceitam o Concílio Vaticano II. O nome disso é ‘excomunhão’: está fora da comunhão. Se o cristão católico não aceita o Papa Francisco nem o Concílio Vaticano II, ele se colocou fora da comunhão” (Dom Paulo Jackson, bispo de Garanhuns).

“Esses grupos exigem uma Quaresma que seja vivida apenas como dimensão individual da conversão (intimismo religioso). O eixo disso tudo é ideológico, uma ideologia religiosa fundamentalista. Ora, não existe conversão pessoal sem que exista uma conversão à realidade social. Por que? Porque o centro da fé cristã é a doutrina da Encarnação do Verbo. O Filho de Deus assumiu e redimiu toda a realidade histórica. Esses grupos não leram o Concílio Vaticano II. Se o leram, não o entenderam. Eles estão contra o Magistério de todos os Papas que vieram depois do Concílio, desde Paulo VI até Francisco. Eles sofrem de soberba espiritual: ‘nós, nosso pequeno grupo, sabemos mais do que os 2.500 bispos reunidos com o Papa em Concílio Ecumênico’. Ora, quem se opõe ao Concílio, se opõe ao Espírito Santo” (Pe. Leonardo Lucian Dall Osto, Diocese de Caxias do Sul).

“Quando nós não queremos enfrentar a realidade porque ela nos é incômoda e porque enfrenta os nossos conceitos, nós nos revoltamos contra ela e usamos a religião como pano de fundo para essa revolta. O que está por trás das críticas ao texto-base da Campanha da Fraternidade é aquilo que está por trás das críticas ao Concílio Vaticano II: um determinado grupo de pessoas que, incomodado pela realidade, não a aceita; se fecha à realidade, a nega, e diz: ‘nós, que somos guardiães da sã doutrina, estamos dizendo que isso não é verdade, que esses dados são dados manipulados, são dados da extrema esquerda’” (Pe. Leonardo Lucian Dall Osto, Diocese de Caxias do Sul).

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