Missa
do domingo de Páscoa. Palavra de Deus: Atos 10,34a.37-43; Colossenses 3,1-4;
João 20,1-9.
A morte pode nos atingir de várias
maneiras, a partir de fora. Mas o problema é quando nós nos deixamos morrer a
partir de dentro. Algumas pessoas, depois de serem atingidas por algum tipo de
morte, reagiram e decidiram ressuscitar, enquanto outras se entregaram e se
deixaram morrer. Nós conhecemos países ou cidades que, depois de serem
destruídos por uma catástrofe ambiental, conseguiram se levantar e se
reconstruir. Nós também conhecemos pessoas que, depois de um acidente, depois
de uma doença, de uma grande perda, aos poucos foram reagindo, retomando o
desejo de viver e hoje estão “ressuscitadas” no meio de nós. Mas também
conhecemos pessoas que, por muito ou por pouco, entregaram-se ao desânimo, ao
fatalismo, e estão como que mortas no meio de nós.
Ainda estava escuro, quando Maria
Madalena foi ao túmulo de Jesus e viu que a pedra tinha sido retirada. Quando
estava escuro, quando todas as esperanças humanas haviam se apagado, quando se
pensava que a única coisa a ser feita era chorar a morte de Jesus, o Pai
interveio e ressuscitou o Seu Filho, concedendo-lhe manifestar-se aos
discípulos, que comeram e beberam com Jesus depois que ressuscitou dos mortos
(cf. Atos 10,40-41). A ressurreição de Jesus se deu no meio da noite, quando
todos dormiam: primeiro, para ficar claro que ela foi obra de Deus, e não de um
ser humano; segundo, para nos dar a certeza de que “Nunca houve noite que pudesse impedir o nascer do sol e a esperança. E
não há problema que possa impedir as mãos de Jesus pra me ajudar. Haverá um
milagre dentro de mim! Vem descendo o rio pra me dar a vida. Este rio que emana
lá da cruz, do lado de Jesus. Aquilo que parecia impossível. Aquilo que parecia
não ter saída. Aquilo que parecia ser minha morte, mas Jesus mudou minha sorte.
Sou um milagre: estou aqui!” (Banda Louvor e Glória, Sou um milagre).
Da mesma forma como não há noite que
possa impedir o nascer do sol e a esperança, não há situação que Deus não possa
mudar, assim como não há morte que possa nos impedir de ressuscitar. Deus constituiu
Jesus juiz dos vivos e dos mortos (cf. Atos 10,42). Por isso, São Paulo afirma
que “se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que
morremos. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm
14,8). Diante dessa verdae bíblica, cada um de nós pode dizer: ‘Eu pertenço a
ti, Senhor. Em tuas mãos está o meu viver e também o meu morrer. Quer eu me
sinta vivo, quer eu me sinta morto, que eu nunca perca a consciência de que
pertenço a ti e estou em tuas mãos, mãos que cuidam de mim, mãos que me amparam
e me conduzem, mãos que podem me retirar da morte e me conduzir para a Vida’. “Cuidas de mim. Sei que tu cuidas de mim,
Senhor. Cuidas de mim. Sei que tu cuidas de mim, Senhor. Ainda que eu ande pelo
vale e o atravesse à sombra da morte, cuidas de mim, cuidas de mim. Mesmo que
eu não queira a tua presença, mesmo que eu me afaste de ti, cuidas de mim,
cuidas de mim!” (Pe. Fábio de Melo, Cuidas
de mim).
A morte nos iguala a todos, independente
da raça, do nível social, da crença. Todo ser humano morre. A única coisa que
nos diferencia é a nossa fé na ressurreição. Quem crê na ressurreição não
apenas enxerga a morte de uma outra forma, como também vive sua vida de uma
outra forma. Quem crê na ressurreição, se esforça por alcançar as coisas do
alto, onde Cristo ressuscitado está, sentado à direita de Deus (cf. Cl 3,1-2). Para
que possamos experimentar a força da ressurreição em nós, precisamos nos
esforçar por alcançar as coisas do alto, e não nos perder em meio às coisas
terrestres. Isso supõe o cuidado com a espiritualidade, com a leitura/meditação
da Palavra de Deus, com o reconhecer Jesus na pessoa dos necessitados, com o
viver a nossa vida segundo os valores do Reino de Deus e não segundo as leis do
mercado ou segundo uma conduta corrupta...
Assim como Jesus, após a ressurreição,
mandou seus discípulos testemunharem que Ele ressuscitou e se tornou Senhor dos
vivos e dos mortos, assim hoje Ele nos envia como Sentinelas da Manhã, que
anunciam a chegada do sol, da luz da vida nova, anunciando o alvorecer de um
novo tempo, preparando a humanidade para quando Cristo, na sua segunda vinda,
aparecer em seu triunfo e nos revestir da sua glória.
No coração da noite pode o medo chegar. Espero ansiosamente a luz da aurora aparecer. Eu sei, que a manhã logo vem. Vem o alvorecer de um novo tempo! (bis) Mas ainda é noite... Tenho um posto pra guardar. Sou chamado a anunciar. Até meu nome Deus trocou. Agora eu já sei quem sou, eu sou... Sentinela da Manhã que anuncia a chegada do sol, proclama que Jesus Ressuscitou! (bis) Eu sei que o dia vem. Vem, maranathá, vem! Jesus, minha esperança, que nunca me engana. Eu sei: o mundo quer Sua luz. Quer o alvorecer de um novo tempo. Mas ainda é noite (Banda Arkanjos, Sentinela da Manhã).
Pe. Paulo Cezar MazziNo coração da noite pode o medo chegar. Espero ansiosamente a luz da aurora aparecer. Eu sei, que a manhã logo vem. Vem o alvorecer de um novo tempo! (bis) Mas ainda é noite... Tenho um posto pra guardar. Sou chamado a anunciar. Até meu nome Deus trocou. Agora eu já sei quem sou, eu sou... Sentinela da Manhã que anuncia a chegada do sol, proclama que Jesus Ressuscitou! (bis) Eu sei que o dia vem. Vem, maranathá, vem! Jesus, minha esperança, que nunca me engana. Eu sei: o mundo quer Sua luz. Quer o alvorecer de um novo tempo. Mas ainda é noite (Banda Arkanjos, Sentinela da Manhã).
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