Missa da Sagrada Família de Nazaré.
Palavra de Deus: Eclesiástico 3,3-7.14-17a; Colossenses 3,12-21; Lucas 2,41-52.
Uma das marcas do nosso mundo atual
é a rejeição à instituição. Rejeita-se instituições como o Estado, a Escola, o Casamento,
a Família, a Religião Tradicional. Mas, por que rejeita-se tudo isso? Porque
rejeita-se o vínculo, o compromisso. As pessoas querem ser livres; não querem
se prender a nada e não admitem ser orientadas a partir de fora, a partir de
cima ou a partir de alguém que não sejam elas próprias e seus interesses. No entanto,
essa rejeição parece gerar na humanidade um forte sentimento de desamparo, de
orfandade: por rejeitar suas próprias raízes, as pessoas deixam de ser árvores
que resistem aos ventos contrários e se comportam como folhas secas levadas
pelo vento da desorientação. Por rejeitarem qualquer tipo de “norte”, as
pessoas vivem desnorteadas.
Hoje, ao celebrarmos a Sagrada
Família de Nazaré, a Palavra de Deus nos convida a olhar para as nossas raízes,
a cuidar dessas raízes, sem as quais nós tombamos diante de qualquer vento
contrário. Nenhum ser humano nasce sem raízes, sem família; nenhum ser humano
nasce como uma folha solta. Todos nós nascemos a partir de uma árvore chamada “família”.
Com certeza, não é uma família ideal, porque família ideal não existe, mas é a
família a partir da qual Deus nos chamou à existência e nos confiou a missão de
restaurar a família humana.
Neste imenso jardim que é a
humanidade, não existe apenas um tipo de árvore, assim como não existe apenas
um tipo de família. Em algumas famílias existem pai, mãe e filhos; em outras,
apenas a mãe/ou o pai e os filhos; em outras, o marido e a esposa, mas nenhum
filho; em outras, dois homens ou duas mulheres que escolheram viver juntos e
adotar um filho etc. Em meio a essa grande diversidade familiar, nós, cristãos,
somos desafiados a anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, que não veio para os
justos, mas para os pecadores; que não veio apenas aspergir água benta sobre as
famílias tradicionais, mas veio, sobretudo, curar as feridas das famílias
desestruturadas, pois ele mesmo disse: “O Filho do Homem veio procurar e salvar
o que estava perdido” (Lc 19,10).
Segundo o livro do Eclesiástico, o
cuidado com as nossas raízes começa com o cuidado para com os nossos pais.
Assim como os pais não escolhem seus filhos, os filhos também não escolhem seus
pais. A vida nos deu uns aos outros, como pais e filhos. Nosso grande desafio é
abandonar nossas ilusões e nossas expectativas exageradas em relação aos
outros, para acolher e aprender a amar o outro como ele é, e não como
gostaríamos que ele fosse. A cura das raízes da nossa família passa pela
aceitação e pelo perdão: o outro nos amou como conseguiu nos amar; ele nos deu
o que conseguiu nos dar. Agora cabe a cada um de nós fazer seu próprio caminho,
assumir a responsabilidade por si mesmo, ao invés de passar a vida culpando os
outros pela nossa infelicidade. Nenhuma pessoa é o resultado daquilo que
recebeu dos seus pais, mas o resultado daquilo que ela decidiu fazer com aquilo
que recebeu dos seus pais.
Segundo o apóstolo Paulo, cada
pessoa da família é responsável pelo bom funcionamento da mesma: “Esposas, sede
solícitas para com vossos maridos... Maridos, amai vossas esposas e não sejais
grosseiros com elas. Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais... Pais, não
intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem” (Cl 3,18-21). Quando
cada um faz a sua parte, ninguém se sobrecarrega. Portanto, se alguém está
esgotado ou sobrecarregado, alguém está folgando e se omitindo, o que gera
desequilíbrio emocional na família. Neste sentido, a família deve ser o lugar
da correção mútua, o lugar onde se enfrenta com coragem os problemas e se dá
nome ao que se sente; onde, mais do que ficar procurando o culpado pelo mal
estar, cada um se pergunta o que está fazendo para ajudar com que o mal estar
seja superado.
Enfim, o Evangelho de hoje nos traz
uma dura revelação: toda e qualquer família tem seus momentos de desencontro,
de dor, de angústia. A fé, a religião, a crença em Deus são valores
fundamentais para que uma família não tombe diante dos ventos contrários, mas
esses valores jamais funcionarão como uma redoma de vidro, poupando a família
de sofrimentos. Não existem relacionamentos sem conflitos; não existe amor sem
dor, renúncia ou sacrifício; não existem sonhos sem algum tipo de pesadelo;
enfim, nenhuma família atravessa o mar da vida sem enfrentar algumas
tempestades.
Estamos diante da perda e do
reencontro do menino Jesus no templo, em Jerusalém. Talvez não seja
coincidência que essa perda tenha se dado quando Jesus estava com doze anos;
portanto, no início da adolescência. Esse período marca uma etapa de crise no
relacionamento entre pais e filhos, o início de uma certa reivindicação de
independência por parte dos filhos. No entanto, aqui poderíamos mencionar a
forte contradição que existe na vida de muitos filhos que, apesar de já serem
jovens ou adultos, ainda permanecem na adolescência da sua vida emocional: não
admitem obedecer aos pais, mas vivem às custas dos mesmos, jamais assumindo a
responsabilidade para com a própria vida.
Quando Maria questionou Jesus a
respeito da sua permanência no templo, ele também a questionou: “Não sabeis que
devo estar na casa de meu Pai?” (Lc 2,49). O que Jesus faz aqui é demarcar o
terreno: o filho precisa seguir o caminho para o qual nasceu; precisa abraçar a
missão para a qual foi chamado à existência, e, para isso, precisa romper com a
dependência familiar, precisa deixar o conforto do colo paterno/materno e se
lançar com coragem na vida, se quiser se tornar um verdadeiro adulto, uma
pessoa que assumirá o papel de sujeito da sua história e que dará efetivamente
sua contribuição para o bem da família humana.
Mas há uma outra verdade por trás da
pergunta de Jesus a Maria: o filho não pertence aos seus pais terrenos; ele
pertence, sobretudo, ao Pai do céu. Da mesma forma como é importante cuidarmos
das nossas raízes familiares, dos nossos vínculos afetivos, é igualmente
importante cuidarmos das nossas raízes espirituais, da nossa pertença a Deus.
Muito mais do que aos nossos pais terrenos, é a Ele que devemos a nossa
existência, a nossa razão de ser, e todos nós um dia deixaremos a nossa casa
terrena para estar na casa do nosso Pai, pois a nossa família de sangue um dia
dará lugar à nossa família espiritual.
Oração: Deus Pai, as
raízes da minha existência estão em Ti. Abençoa os meus pais e avós. Abençoa as
minhas raízes terrenas. Quero me reconciliar com as minhas raízes, com a minha
história de vida. Agradeço-Te pelos pais que me geraram e me amaram como
puderam me amar. Guarda-os na Tua bênção e na Tua paz!
Senhor
Jesus, ensina-me a assumir a responsabilidade para com a minha própria vida.
Diante de qualquer ferida do meu passado, ensina-me a olhar para o meu presente
e entender que o meu destino depende das decisões que eu tomo hoje, e não das
coisas que me aconteceram ontem. Que eu me torne uma pessoa madura emocional e
espiritualmente, assumindo o meu lugar na história da salvação.
Divino
Espírito Santo, derrama o Teu bálsamo sobre as raízes da minha família. Cura
nossas feridas, perdoa nossos pecados, transforma nossos desencontros em
reencontros. Visita todas as famílias da terra e preenche o coração de cada uma
delas com a Tua consolação, a Tua alegria, a Tua luz e a Tua paz. Que todos nós
possamos, em comunhão contigo, trabalhar pelo resgate da família humana. Amém!
Pe. Paulo Cezar Mazzi
Meu marido e eu somos casados há mais de 13 anos. Nos conhecemos quando eu tinha 20 anos e ele 22. Passamos por muitas emoções emocionalmente juntos. Houve várias brigas enormes e situações dolorosas em nosso casamento, mas sempre parecemos mais fortes do outro lado. Do nada, meu marido acabou de falar comigo sobre o divórcio, e ele acabou se comunicando comigo por dois meses. Fiquei totalmente deprimido até encontrar Edede no telefone do feitiço. No começo, não queria arriscar consultar os curandeiros por causa da formação cristã, mas porque estava deprimido e quase perdendo a esperança para quem realmente amo, decidi tentar. escrevi para ele em busca de um feitiço de amor. Eu segui o processo e fizemos uma oração ortográfica online com ele e me prometeu resultados positivos em apenas dois dias. Você não acredita que meu marido me ligou no momento exato em que o lançador de feitiços terminou seu trabalho de feitiço em 24 horas, fiquei totalmente surpreso! Ele é poderoso e seus feitiços funcionam tão rápido. O lançador de feitiços Edede está no contato whats-app: +233235887825 você também pode contatá-lo para reunir seu casamento e receber bênçãos financeiras.
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