Missa
de Cristo Rei. Palavra de Deus: 2Samuel 5,1-3; Colossenses 1,12-20; Lucas
23,35-43.
Pe. Paulo Cezar Mazzi
Considere
essas expressões: “reina o caos”, “reina a violência”, “reina a discórdia”, “reina
a corrupção”; na vida de tal pessoa “reina a droga”; no ambiente de tal
empresa, “reina a divisão, a inimizade”; na vida de muitas famílias “reina a
discussão, as brigas, a separação”; no coração de tal pessoa “reina o ódio, a maldade,
a infidelidade”... Quem “reina” em nosso mundo: Deus ou o maligno? Quem “reina”
dentro de você: a paz ou a guerra, a verdade ou a mentira, a luz ou as trevas,
o bem ou o mal?
A leitura do segundo livro de Samuel
nos fala do momento em que o rei Davi é ungido rei para governar todas as
tribos de Israel. Sob o reinado de Davi, Israel, que antes estava dividido em tribos
do norte e tribos do sul, agora se torna um povo unificado. Ora, a função do
rei Davi era recordar Israel que somente Deus é o seu Rei; somente Deus deve
reinar sobre o seu povo. Para nós, isso significa que quando permitimos que
Deus reine sobre nós, quando decidimos viver sob o senhorio, sob a autoridade
de Deus, nós somos unificados; já não somos mais “joguetes” nas mãos das nossas
divisões internas.
Para
um mundo como o nosso, onde reina tanta maldade, onde o sofrimento reina na
vida de tantas pessoas, onde tantos são dominados pelo mal e escravizados por
diversos tipos de vícios, o apóstolo Paulo proclama que o Pai nos libertou do
poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, por quem temos a
redenção, o perdão dos pecados (cf. Cl 1,12-13). Portanto, dentro da nossa
liberdade, se trata de escolher quem ou o quê queremos que seja o “senhor” da
nossa vida; quem ou o quê queremos que “reine” sobre nós.
Conta-se que em uma terra em guerra, havia um rei que causava
espanto. Sempre que fazia prisioneiros, não os matava. Levava-os para uma sala
onde havia um grupo de arqueiros de um lado e uma enorme porta de ferro do
outro, sobre a qual se via gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele dizia-lhes:”Vocês podem
escolher entre morrerem flechados, ou passar por aquela porta”. E todos escolhiam
serem mortos pelos arqueiros.
Ao terminar a guerra, um soldado
que, por muito tempo servira o rei, dirigiu-se ao soberano e disse:
“Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?”
O rei respondeu:
“Diga, soldado”. Então o soldado perguntou inseguro:
“O que havia por detrás da assustadora
porta?” O rei,
confiante, disse: “Vá e veja você mesmo!” O soldado então abriu
vagarosamente a porta... e descobriu,
surpreso, que a porta se abria sobre um caminho que conduzia para fora do
castelo, rumo à liberdade. O
soldado, admirado, apenas olhou para seu rei, que disse: “Eu dava a eles a escolha, mas
preferiram morrer a arriscar-se a abrir esta porta”.
Em seu Filho Jesus, o Pai nos dá a
possibilidade de abrir a porta que nos tira da escravidão, das guerras internas
e externas em que vivemos, mas muitos ainda têm medo dessa liberdade e preferem
viver sob o domínio de pessoas, de atitudes e de coisas que são maléficas,
destrutivas...
Para nós, hoje, proclamar que Jesus
Cristo é o Rei do Universo significa crer que o Pai confiou ao seu Filho o
poder de libertar, de redimir e de salvar todo ser humano (cf. Jo 17,2), e este
poder se revela justamente na cruz! Na cruz, um homem já condenado à morte
reconheceu Jesus como Rei, ao lhe pedir: “Jesus, lembra-te de mim, quando
entrares no teu reinado” (Lc 23,42). Para este homem condenado, a porta da
libertação e da salvação se abriu exatamente ali, quando Jesus, então, lhe
disse: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc
23,43).
Por
mais que você se condene e se prenda a atitudes erradas, por mais que se sinta
condenada(o) e preso(a) a algum tipo de domínio maléfico e destrutivo, “hoje” é
o momento de você se colocar sob o poder redentor de Jesus Cristo e da sua
cruz, e permitir que o Paraíso comece a reinar dentro de você. “Hoje” é o
momento para que Jesus comece a reinar em nós, em nossas famílias e
comunidades, em nosso ambiente de trabalho, no coração da humanidade...
Reina o
Senhor! Toda a terra verá. Ele voltará com glória, força e poder. Povos e
nações, todos afluirão ao ouvirem
o som dos anjos anunciando, e
então diante do Rei dos reis tremerão. Glória e majestade ao Rei, Cristo Jesus,
Cordeiro Santo, Raiz de Davi, que amou o mundo e abriu as portas do céu a todo aquele que Ele redimir. Renda-se! Ainda há tempo de
retornar. Renda-se! Vida nova receberá. Renda-se!
Abandone-se sem reservas!... Renda-se!
O Senhor disse e cumprirá. Renda-se! Toda lágrima enxugará. Renda-se Àquele que
era, que é e que há de vir! (Renda-se, Ministério Adoração e Vida). Pe. Paulo Cezar Mazzi
Muito edificante a Mensagem Padre Paulo, que Maria sempre esteja com você.
ResponderExcluirSua Benção!