“A
família é o hospital mais próximo, a primeira escola das crianças,
(...) o
melhor asilo para os idosos”
(Papa
Francisco, Homilia em Guayaquil – Equador – em 06/07/2015)
1) A FAMÍLIA precisa
também ser HOSPITAL porque é impossível conviver sem atritos, sem com que um
machuque o outro com palavras ou com atitudes. Quem ama também sente raiva do
amado, quando este comete uma injustiça. No entanto, “o amor (...) não guarda
rancor” (1Cor 13,5). Antes que o dia termine, aquele que está magoado, ferido
ou com raiva precisa procurar aquele que o feriu para conversar. Não se deve
dormir com rancor (cf. Ef 4,26-27).
Uma ferida se abre
rapidamente, mas só se fecha devagar. Primeiro, é preciso reconhecer a ferida,
depois é preciso tratá-la. Nós só podemos ser curados na medida em que nos
reconhecemos doentes. Não adianta jogar um pano por cima da ferida. É preciso
descobri-la e tratá-la com o remédio do diálogo sincero e do amor que “tudo
desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,7).
O nosso Deus “cura os
corações despedaçados e cuida dos seus ferimentos” (Sl 147,3). A Ele suplicamos
pela cura das nossas feridas em família... PAI NOSSO... AVE MARIA... JESUS,
CURA-NOS! JESUS, SALVA-NOS! JESUS, LIBERTA-NOS!
2) A FAMÍLIA precisa
também ser ESCOLA porque nenhum ser humano nasce pronto. “Educação vem de
berço”, diz o ditado. É em casa que a criança vai aprender a distinguir o bem
do mal, o certo do errado, o justo do injusto. Assim como uma árvore não pode
crescer de qualquer jeito, mas precisa ser podada, assim o ser humano precisa
ser educado, podado nos seus caprichos egoístas, aprendendo desde cedo a lidar
com as frustrações.
Diz a Escritura que Deus
nos trata “como filhos. Ora, qual é o filho cujo pai não corrige?” (Hb 12,7).
Ninguém gosta de ser corrigido, mas só a correção pode formar o nosso coração na
paz e na justiça (cf. Hb 12,11). Diz ainda a Escritura: “Aquele que ama seu
filho usará com frequência o chicote... Aquele que educa seu filho terá nele
motivo de satisfação” (Eclo 30,1-2). Usar o chicote significa colocar limites,
dizer “não”, quando for preciso, e sustentar com atitudes firmes o “não” que
foi necessário dizer.
Jesus disse: “Eu
repreendo e corrijo todos os que amo” (Ap 3,19). Rezemos para que o Senhor
eduque nossas famílias no caminho da justiça e da santidade, concedendo firmeza
ao nosso caráter, honestidade às nossas atitudes e retidão à nossa
consciência... PAI NOSSO... AVE MARIA... SENHOR JESUS, CONDUZ NOSSOS PASSOS NO
CAMINHO DA SANTIDADE E DA JUSTIÇA! (3x)
3) A FAMÍLIA precisa
também ser ASILO porque tudo se desgasta com o tempo, não só as coisas
materiais, mas também nós mesmos, a nossa saúde e as nossas forças. É em casa
que se deve compreender que o ser humano vale pelo que ele é, e não pelo que
ele produz. É em casa que aprendemos que as coisas mais importantes da vida não
são coisas, mas pessoas, e não é porque a pessoa envelheceu que deve agora ser
jogada fora ou abandonada a si mesma.
Quando éramos crianças,
necessitávamos do cuidado dos outros, e na medida em que envelhecemos,
voltaremos a necessitar desses cuidados. Deus nos aconselha a cuidar daqueles
que estão na velhice e a não causar-lhes desgosto. Mesmo que eles venham a
perder a memória, devemos ser pacientes e bondosos para com eles, como o
próprio Deus é conosco (cf. Eclo 3,12-13).
Assim como o Senhor
nosso Deus visitou Zacarias e Isabel, concedendo-lhes a bênção de um filho na
velhice, pois Ele mesmo afirma que “o justo brota como a palmeira... e mesmo na
velhice dá frutos” (Sl 92,13.15), suplicamos por nossas famílias, para que
acolham os seus idosos e se disponham a cuidar deles com amor e paciência...
PAI NOSSO... AVE MARIA... SENHOR JESUS, SALVAI OS QUE REMISTES COM O VOSSO
PRECIOSO SANGUE! (3x).
Pe. Paulo Cezar Mazzi
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