terça-feira, 11 de agosto de 2015

A FAMÍLIA COMO HOSPITAL, ESCOLA E ASILO

“A família é o hospital mais próximo, a primeira escola das crianças, 
(...) o melhor asilo para os idosos”
(Papa Francisco, Homilia em Guayaquil – Equador – em 06/07/2015)

                        1) A FAMÍLIA precisa também ser HOSPITAL porque é impossível conviver sem atritos, sem com que um machuque o outro com palavras ou com atitudes. Quem ama também sente raiva do amado, quando este comete uma injustiça. No entanto, “o amor (...) não guarda rancor” (1Cor 13,5). Antes que o dia termine, aquele que está magoado, ferido ou com raiva precisa procurar aquele que o feriu para conversar. Não se deve dormir com rancor (cf. Ef 4,26-27).
                        Uma ferida se abre rapidamente, mas só se fecha devagar. Primeiro, é preciso reconhecer a ferida, depois é preciso tratá-la. Nós só podemos ser curados na medida em que nos reconhecemos doentes. Não adianta jogar um pano por cima da ferida. É preciso descobri-la e tratá-la com o remédio do diálogo sincero e do amor que “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,7).
                        O nosso Deus “cura os corações despedaçados e cuida dos seus ferimentos” (Sl 147,3). A Ele suplicamos pela cura das nossas feridas em família... PAI NOSSO... AVE MARIA... JESUS, CURA-NOS! JESUS, SALVA-NOS! JESUS, LIBERTA-NOS!

                        2) A FAMÍLIA precisa também ser ESCOLA porque nenhum ser humano nasce pronto. “Educação vem de berço”, diz o ditado. É em casa que a criança vai aprender a distinguir o bem do mal, o certo do errado, o justo do injusto. Assim como uma árvore não pode crescer de qualquer jeito, mas precisa ser podada, assim o ser humano precisa ser educado, podado nos seus caprichos egoístas, aprendendo desde cedo a lidar com as frustrações.
                        Diz a Escritura que Deus nos trata “como filhos. Ora, qual é o filho cujo pai não corrige?” (Hb 12,7). Ninguém gosta de ser corrigido, mas só a correção pode formar o nosso coração na paz e na justiça (cf. Hb 12,11). Diz ainda a Escritura: “Aquele que ama seu filho usará com frequência o chicote... Aquele que educa seu filho terá nele motivo de satisfação” (Eclo 30,1-2). Usar o chicote significa colocar limites, dizer “não”, quando for preciso, e sustentar com atitudes firmes o “não” que foi necessário dizer. 
                        Jesus disse: “Eu repreendo e corrijo todos os que amo” (Ap 3,19). Rezemos para que o Senhor eduque nossas famílias no caminho da justiça e da santidade, concedendo firmeza ao nosso caráter, honestidade às nossas atitudes e retidão à nossa consciência... PAI NOSSO... AVE MARIA... SENHOR JESUS, CONDUZ NOSSOS PASSOS NO CAMINHO DA SANTIDADE E DA JUSTIÇA! (3x)

                        3) A FAMÍLIA precisa também ser ASILO porque tudo se desgasta com o tempo, não só as coisas materiais, mas também nós mesmos, a nossa saúde e as nossas forças. É em casa que se deve compreender que o ser humano vale pelo que ele é, e não pelo que ele produz. É em casa que aprendemos que as coisas mais importantes da vida não são coisas, mas pessoas, e não é porque a pessoa envelheceu que deve agora ser jogada fora ou abandonada a si mesma.
                        Quando éramos crianças, necessitávamos do cuidado dos outros, e na medida em que envelhecemos, voltaremos a necessitar desses cuidados. Deus nos aconselha a cuidar daqueles que estão na velhice e a não causar-lhes desgosto. Mesmo que eles venham a perder a memória, devemos ser pacientes e bondosos para com eles, como o próprio Deus é conosco (cf. Eclo 3,12-13).
                        Assim como o Senhor nosso Deus visitou Zacarias e Isabel, concedendo-lhes a bênção de um filho na velhice, pois Ele mesmo afirma que “o justo brota como a palmeira... e mesmo na velhice dá frutos” (Sl 92,13.15), suplicamos por nossas famílias, para que acolham os seus idosos e se disponham a cuidar deles com amor e paciência... PAI NOSSO... AVE MARIA... SENHOR JESUS, SALVAI OS QUE REMISTES COM O VOSSO PRECIOSO SANGUE! (3x). 

Pe. Paulo Cezar Mazzi


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