Missa da Ascensão do Senhor. Palavra de
Deus: Atos dos Apóstolos 1,1-11; Efésios 1,17-23; Lucas 24,46-53.
Se nós pudéssemos fazer um gráfico que simbolizasse a nossa existência, ele se pareceria com uma montanha: iniciamos aqui embaixo, aos poucos vamos subindo, atingimos o topo do nosso crescimento, experimentando o auge das nossas forças; depois, começamos a declinar aos poucos, sentindo o enfraquecimento não só do vigor físico, mas também psicológico e mesmo espiritual; descemos a montanha pelo outro lado, até chegar ao chão, quando ali, então, termina a nossa vida.
Por mais coisas que o mundo invente, tentando nos manter numa constante ascensão, numa constante subida – e quantas vezes essa subida é feita à custa de mentira, corrupção, injustiça, desrespeitando e usando pessoas como se fossem apenas degraus para a nossa ascensão – a lei da gravidade nos puxa para baixo, para nos lembrar de que sempre chegará o momento em que teremos que descer e voltar para a terra de onde viemos: “Tu és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19).
Mas, celebrando a solenidade da ascensão de Jesus, a Palavra de Deus nos recorda que o final de nossa vida não é a decomposição de tudo o que fizemos na terra, mas o nosso encontro definitivo com Deus e com seu Filho Jesus, como o próprio Jesus disse: “Virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,3); e como ele próprio orou: “Pai, aqueles que tu me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que contemplem a minha glória” (Jo 17,24).
A ascensão de Jesus nos lembra que a meta final da nossa vida é Deus. Mas a nossa chegada até Deus se dará por meio da cruz, como aconteceu com Jesus: primeiro, sofrer; depois, ressuscitar (cf. Lc 24,46); por fim, assentar-se junto de Deus no céu (cf. Ef 1,20). Por mais contraditória que isso pareça, a força que nos leva para o alto, a força que nos faz ascender ao céu é a cruz! Quem rejeita a presença da cruz em sua vida perde a oportunidade de experimentar a elevação da sua vida até Deus.
Se o destino final da nossa vida, como o de Jesus, é a comunhão com o Pai, a solenidade da ascensão nos ajuda a compreender a vida de uma outra forma. Devemos viver a nossa vida como Jesus, que passou pelo mundo fazendo o bem (cf. At 10,38), pois somente os que tiverem feito o bem ressuscitarão para a vida (cf. Jo 5,29). A ascensão de Jesus também nos recorda que nós estamos aqui apenas de passagem: “Todos estamos de visita neste momento e lugar. Só estamos de passagem. Viemos observar, aprender, crescer, amar e voltar para casa” (Dito aborígene australiano).
Como discípulos daquele que sofreu, morreu, ressuscitou e está junto do Pai no céu, nós caminhamos na terra confiando nossa vida aos cuidados do Espírito Santo que nos foi prometido, sabendo que Ele nos dá a força para sermos testemunhas vivas de Jesus (cf. At 1,8), e nos revestirá da “força do alto” (Lc 24,49) sempre que a pedirmos na oração (cf. Lc 11,13), essa mesma força que nos fará ascender um dia com Jesus ao céu (cf. Rm 8,11).
Pe. Paulo Cezar Mazzi
Se nós pudéssemos fazer um gráfico que simbolizasse a nossa existência, ele se pareceria com uma montanha: iniciamos aqui embaixo, aos poucos vamos subindo, atingimos o topo do nosso crescimento, experimentando o auge das nossas forças; depois, começamos a declinar aos poucos, sentindo o enfraquecimento não só do vigor físico, mas também psicológico e mesmo espiritual; descemos a montanha pelo outro lado, até chegar ao chão, quando ali, então, termina a nossa vida.
Por mais coisas que o mundo invente, tentando nos manter numa constante ascensão, numa constante subida – e quantas vezes essa subida é feita à custa de mentira, corrupção, injustiça, desrespeitando e usando pessoas como se fossem apenas degraus para a nossa ascensão – a lei da gravidade nos puxa para baixo, para nos lembrar de que sempre chegará o momento em que teremos que descer e voltar para a terra de onde viemos: “Tu és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19).
Mas, celebrando a solenidade da ascensão de Jesus, a Palavra de Deus nos recorda que o final de nossa vida não é a decomposição de tudo o que fizemos na terra, mas o nosso encontro definitivo com Deus e com seu Filho Jesus, como o próprio Jesus disse: “Virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,3); e como ele próprio orou: “Pai, aqueles que tu me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que contemplem a minha glória” (Jo 17,24).
A ascensão de Jesus nos lembra que a meta final da nossa vida é Deus. Mas a nossa chegada até Deus se dará por meio da cruz, como aconteceu com Jesus: primeiro, sofrer; depois, ressuscitar (cf. Lc 24,46); por fim, assentar-se junto de Deus no céu (cf. Ef 1,20). Por mais contraditória que isso pareça, a força que nos leva para o alto, a força que nos faz ascender ao céu é a cruz! Quem rejeita a presença da cruz em sua vida perde a oportunidade de experimentar a elevação da sua vida até Deus.
Se o destino final da nossa vida, como o de Jesus, é a comunhão com o Pai, a solenidade da ascensão nos ajuda a compreender a vida de uma outra forma. Devemos viver a nossa vida como Jesus, que passou pelo mundo fazendo o bem (cf. At 10,38), pois somente os que tiverem feito o bem ressuscitarão para a vida (cf. Jo 5,29). A ascensão de Jesus também nos recorda que nós estamos aqui apenas de passagem: “Todos estamos de visita neste momento e lugar. Só estamos de passagem. Viemos observar, aprender, crescer, amar e voltar para casa” (Dito aborígene australiano).
Para a nossa geração, tão
escrava do consumismo, vale recordar essa estória: Conta-se que um
turista americano foi à cidade do
Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um
famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho
muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de
mobília eram uma cama, uma mesa e um banco. - Onde estão seus móveis? Perguntou
o turista. - E o sábio, bem depressa
olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.
Moral da estória: A vida na Terra é somente uma
passagem... No entanto, alguns vivem
como se fossem ficar aqui eternamente,
e se esquecem de ser felizes (e de fazer os
outros felizes).
Nossos olhos não podem ver
Jesus, assentado à direita do Pai, no céu (cf. At 1,9), mas nós cremos na
Palavra que diz que o Pai fez Jesus “sentar-se à sua direita nos céus, bem
acima de toda a autoridade... Ele pôs tudo sob seus pés” (Ef 1,20-22), o que
significa que Jesus está acima de todas as coisas que poderiam nos atingir,
pois o Pai lhe concedeu o poder de nos socorrer em todas as nossas tribulações
terrenas. Por isso, como os discípulos, nós também podemos experimentar uma
profunda alegria (cf. Lc 24,52-53), apesar das dificuldades que enfrentamos
neste mundo, pois temos a certeza da vitória de Jesus Cristo em nossa vida, na
vida da Igreja e na vida da humanidade. Como discípulos daquele que sofreu, morreu, ressuscitou e está junto do Pai no céu, nós caminhamos na terra confiando nossa vida aos cuidados do Espírito Santo que nos foi prometido, sabendo que Ele nos dá a força para sermos testemunhas vivas de Jesus (cf. At 1,8), e nos revestirá da “força do alto” (Lc 24,49) sempre que a pedirmos na oração (cf. Lc 11,13), essa mesma força que nos fará ascender um dia com Jesus ao céu (cf. Rm 8,11).
Pe. Paulo Cezar Mazzi
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